Governo adopta medidas contra crimes cibernéticos

A criação de chaves-públicas para assegurar a identificação digital dos usuários, nos próximos anos, está a ser encarada como uma solução eficaz para travar todas as ameaças cibernéticas diárias sofridas pelas instituições públicas e privadas.

Segundo afirmou, ontem, em Luanda, na conferência sobre “Investigação Corporativa e Segurança Cibernética em Angola”, o secretário de Estado para as Telecomunicações e Tecnologias de Informação, a assinatura digital é uma resposta adequada aos ataques.

Mário Oliveira disse também que cerca de 90 por cento dos ataques cibernéticos no país e de modo geral pelo mundo podem ser evitáveis desde que os usuários melhorem as práticas de segurança.

“O Executivo tem trabalhado nas condições para a implementação da Infra-estrutura Nacional de Chaves Públicas de Angola (ICP – ANGOLA),como meio de assegurar a identificação digital, através da assinatura digital”, disse.

A execução das infra-estruturas, de acordo com o secretário de Estado das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, deve-se à necessidade de estabelecer no sector uma estrutura de confiança electrónica, para que as entidades certificadoras disponibilizem serviços que garantam execuções de transacções electrónicas seguras, com autenticação forte, bem como a assinatura electrónica de transacções ou informações, documentos electrónicos, assegurando a autoria, integridade, não repúdio e confidencialidade.

Por outro lado, disse o governante, o Ministério, através da Direcção  Nacional de Políticas de Cibersegurança e Serviços Digitais, trabalha na criação de condições legais e regulamentares, para a operacionalização do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento (CERT) de incidentes informáticos. Está ainda em curso o processo que culminará com a aprovação da Estratégia  Nacional de Cibersegurança.

Mário Augusto da Silva Oliveira apelou  às empresas do sector público-privado que invistam com maior ênfase em cibersegurança, com vista a evitar perdas de dados nos sistemas informáticos.Informou, por via disso, que Angola tem vindo a identificar um número cada vez mais crescente e preocupante de casos de ataques cibernéticos, sobretudo, vindo do exterior.

“É necessário maior investimento num ciberespaço. Criar-se condições para que a economia nacional, os investimentos públicos e privados, a segurança nacional, as infra-estruturas críticas nacionais, casos de energia, banca  e telecomunicações, possam ser de facto um contributo para o desenvolvimento social do país e pro- porcionar o bem-estar aos cidadãos”, disse.

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