Josefa Sacko pede maior envolvimento de privados
A comissária da União Africana, Josefa Sacko, defendeu, ontem, na Namíbia, que o sector privado deve estar alinhado, para levar avante a estratégia da economia azul com a finalidade de desbloquear todo o potencial existente e investimentos efectivados em vários projectos.
Ao discursar no workshop para o desenvolvimento do plano quinquenal da adopção da estratégia da economia azul, defendeu ainda que a estratégia para esta área deve funcionar em complementaridade com o Plano de Acção de Recuperação Verde (GRAP), que a Comissão da União Africana lançou em Julho de 2021, para reconciliar a recuperação económica pós-Covid-19 e a sustentabilidade ambiental.
O conceito de economia azul, explicou, abrange uma gama de actividades em sectores estabelecidos, como pescas e alimentos azuis, turismo e transporte marítimo, bem como, emergentes e sectores da quarta revolução industrial (4IR), como biotecnologia marinha, robótica, finanças do carbono azul e energia renovável marinha e aquática”, frisou. Segundo consta de uma nota enviada ao Jornal de Angola, com estas valências o sector da economia azul representa uma nova fronteira para o desenvolvimento do continente africano.
Por outro lado, reconhece que o continente não pode se beneficiar totalmente de recursos marinhos e aquáticos, pois, estes são ameaçados por múltiplas fontes antropogénicas, mudanças climáticas, perda de biodiversidade, poluição da fonte ao mar, bem como ameaças à segurança, pirataria, comércio ilícito, entre outros. Para a comissária da União Africana, dois terços de África são Estados costeiros e insulares, com jurisdição sobre 13 milhões de quilómetros quadrados de território marinho, incluindo aproximadamente 6,5 milhões de quilómetros quadrados de plataforma continental.
“Como se isso não bastasse, 65 por cento do continente africano é coberto por uma rede de rios, lagos, aquíferos e outras fontes de água doce, logo, a economia azul busca proteger esses frágeis recursos aquáticos, ao mesmo tempo, avança na sustentabilidade do desenvolvimento de sectores que dependem deles”, frisou Josefa Sacko.
Jornal de Angola