Cultura não se compadece com partidarização
A cultura angolana há muito que anda amarrada a questões político-partidárias e quando assim é o seu desenvolvimento tarda em chegar, explica, Adriano Mixinge, Historiador de Arte e Escritor.
O também Curador e Critico de Arte que falava esta sexta-feira, em exclusivo para o programa “Observatório” (…) ser fundamental que os actores culturais tenham o seu espaço para apresentar o que desenvolvem.
“Nos dias que correm quase não há espaços para a divulgação da cultura no seu verdadeiro sentido e assim não há desenvolvimento”, disse.
Segundo Adriano Mixinge, vivemos numa realidade em que as questões partidárias têm uma intervenção muito forte na cultura, o que atrapalha significativamente o crescimento do sector.
“Se olharmos para países como os Estados Unidos da América iremos verificar que o Estado-Governo pouco ou nada se envolve na sua dinamização e ainda assim tudo é funcional”, exemplificou o Historiador de Arte.
O Curador de Arte lamentou pelo facto de não se falar em políticas públicas para a divulgação da cultura angolana, dentro e fora do país.
Na entrevista transmitida na rádio online w24, o actual Administrador Executivo do Memorial António Agostinho Neto, Adriano Mixinge que desempenhou funções de Adido Cultural de Angola, em França e Espanha num período acumulado de 18 anos falou da necessidade de ser desenvolvida uma diplomacia cultural como forma de dar a conhecer ao mundo as diversas manifestações culturais angolanas.
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