Sociedade

Defendida regulamentação urgente do teletrabalho

Especialistas em gestão laboral e técnicos do Ministério da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social defenderam ontem, quarta-feira (8), em Luanda, a regulamentação urgente do teletrabalho no país, de modo a adaptar-se aos desafios actuais.

O ciclo de debates foi realizado no Instituto Sapiens, numa parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que teve como lema “Teletrabalho, desafios e perspectivas”, com objectivo de encontrar melhores soluções sobre a sua regulamentação.

O presidente do Conselho de Administração do Instituto Sapiens, Gilberto Luther, defendeu que a regulamentação vai permitir que o empregador e o empregado cumpram com as normas do teletrabalho, tendo em conta o horário que é muito mais flexível.

Um dos exemplos apontados por Gilberto Luther é o comportamento que o trabalhador deve ter quando estiver nesta condição, sobretudo evitar frequentar bares, restaurantes ou andar pela rua sem estar bem apresentado, durante o horário de trabalho.

“O teletrabalho que hoje abordamos é diferente do que temos visto. Este modelo permite que se criem meios mais específicos para que o trabalhador exerça de facto o seu trabalho, num local em que o empregador possa ter o seu controlo, por meio da tecnologia”, realçou.

Gilberto Luther disse que deve haver também divisão de encargos entre o trabalhador e o empregador, relativamente ao pagamento da energia eléctrica, custo dos meios tecnológicos e a sua manutenção.

Realçou que os custos para manter o trabalhador por esta via são mais baixos do que presencialmente, porque não exigem gastos com transporte, alimentação, permitindo, ainda, estar mais próximo da família.

O dirigente ressalvou que o teletrabalho veio para ficar, mas não vai fazer diminuir a forma tradicional de trabalho, sendo, apenas, uma adaptação socioeconómica, que permite a descoberta de novas actividades.

Outra vantagem apontada por Gilberto Luther, para esse modelo de trabalho, é a diminuição das despesas fixas, devido às novas tecnologias.

Este modelo, realçou, permite que os trabalhadores sejam disciplinados, sendo encarado como uma solução para o momento actual da pandemia que o país vive.

O evento teve como oradores o director do Gabinete Jurídico do Ministério da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social (MAPTESS), David Kinjika, a gestora de Programas de Protecção Social da Organização Internacional do Trabalho em Angola (OIT), Denise Monteiro, o director-geral do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), Manuel Mbangui, e o segundo secretário do Ministério das Relações Exteriores (MIREX), Alberto Guimarães, e contou com a moderação do presidente do Conselho de Administração do Instituto Sapiens, Gilberto Luther.

Importa referir que o Instituto Sapiens é uma instituição determinada em dar um novo impulso e estímulo à oferta de serviços de formação corporativa, desenvolvimento e consultoria empresarial, com o objectivo de apostar no enquadramento e desenvolvimento profissional dos quadros do país.

Por: Jornal de Angola

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