Angola previsão de crescimento de 3,1% este ano e 2,8% em 2023
O Banco Mundial não aborda especificamente as razões do crescimento de Angola, incluindo-o num conjunto das economias da África subsaariana, e detalha apenas os valores previstos para o crescimento económico entre 2019 e 2023.
O Banco Mundial prevê que a economia de Angola cresça 3,1% este ano e que abrande ligeiramente para 2,8% em 2023, de acordo com as “Perspectivas Económicas Globais”, segundo o relatório divulgado esta terça-feira.
De acordo com as novas estimativas do Banco Mundial, Angola deverá ter saído da recessão económica já no ano passado, registando um crescimento de 0,4%, que se segue a cinco anos consecutivos de quebra do Produto Interno Bruto (PIB), melhorando, ainda assim, a quebra de 5,4% em 2020, o pior ano desta série.
Segundo a Lusa, o Banco Mundial não aborda especificamente as razões do crescimento de Angola, englobando este país lusófono no conjunto das economias da África subsaariana, e detalha apenas os valores previstos para o crescimento económico entre 2019 e 2023.
“A produção na África subsaariana cresceu uns estimados 3,5% em 2021, alimentada por uma recuperação no preço das matérias-primas e por um abrandamento das restrições” no âmbito da pandemia da COVID-19, lê-se no relatório.
“A recuperação continua frágil e insuficiente para inverter o aumento na pobreza devido ao impacto da pandemia, e a ameaça de surtos recorrentes de covid-19 contínua”, o que faz com que a previsão de crescimento esteja quase um ponto percentual abaixo da estimativa para 2019 e 2020, aponta-se ainda no documento.
No relatório, o Banco Mundial diz que as três maiores economias da região (Nigéria, África do Sul e Angola) deverão ter crescido 3,1% no ano passado, o que reflecte uma melhoria das estimativas anteriores, e aponta que o crescimento de Angola e Nigéria foi sustentado pela recuperação no sector não petrolífero, “com a produção de petróleo na região a continuar abaixo dos níveis anteriores à pandemia devido às perturbações no trabalho de manutenção e pelo declínio dos investimentos nas indústrias extrativas”.
A pandemia, acrescentam, “fez reverter o progresso na redução da pobreza e em vários objectivos emblemáticos do desenvolvimento em toda a região, anulando mais de uma década de ganhos no rendimento per capita nalguns países”.
Em Angola, Nigéria e África do Sul, entre outros, o rendimento per capita “deverá continuar mais baixo em 2022 que há uma década”, alertam os economistas.
Por: MERCADO