Organização aposta na paridade para os postos de decisão
A Rede de Mulheres da Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai trabalhar para o alcance da paridade nos órgãos de decisão, avançou, quarta-feira(23), a deputada Odeth Joaquim, no final da primeira reunião, realizada via zoom.
Em declarações à imprensa, a deputada disse que a cada dia as mulheres vão revelando capacidades para assumirem cargos de elevada responsabilidade na Assembleia Nacional e no aparelho de Estado.
De acordo com a parlamentar, para alcançar essa meta, a organização vai encetar contactos junto dos partidos políticos em cada país-membro, para que se torne uma realidade.
Precisou que a decisão consta da agenda deste órgão que prevê, igualmente, o aumento da participação da mulher na observação eleitoral e na materialização do seu plano de capacitação para uma melhor resposta às missões que lhes forem confiadas.
Integram a organização todos os países de língua oficial portuguesa, nomeadamente, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Portugal, Brasil, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e Timor Leste.
A presidência rotativa da Rede de Mulheres Parlamentares da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa é liderada pela deputada guineense Cadi Seidi, enquanto Maria Odeth Costa Semedo é a secretária-geral da organização.
Esta rede é um organismo da Assembleia Parlamentar considerado espaço de concertação e cooperação, que vela pelas questões de igualdade e equidade de género, com objectivos e competências específicas.
Entre as competências, consta a defesa e a promoção da igualdade e equidade de género na vida social, política, económica no universo da CPLP, estímulo à formação e capacitação das mulheres parlamentares, apoio à candidatura das mulheres para o exercício de liderança, incentivo à implementação de políticas públicas e de legislação, destinadas a combater a feminização da pobreza, as infecções sexualmente transmissíveis e a educação dos jovens.
Além destas atribuições, consta, também, o desencorajamento de práticas susceptíveis de causar danos físicos e morais, bem como a melhoria da participação das mulheres parlamentares em processos de prevenção de conflitos eleitorais.
Fonte: Jornal de Angola