Angola liquida dívida com empresas portuguesas

A maior parte da dívida que o Estado angolano tinha com empresas portuguesas já foi paga, garantiu em Luanda, o novo ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho.

“Havia dívidas bastante acentuadas do Estado angolano com as empresas portuguesas e essas dívidas na sua grande maioria já foram pagas”, explicou o chefe da diplomacia portuguesa, depois de ter sido recebido em audiência pelo Presidente da República, João Lourenço.

João Gomes Cravinho, que realiza a sua primeira visita de trabalho fora de Portugal nas vestes de ministro dos Negócios Estrangeiros, fez saber que conversou com o Chefe de Estado angolano sobre a actividade económica dos agentes portugueses em Angola.

“Tive a oportunidade de, com o Presidente João Lourenço, falar sobre os planos em termos do reforço do investimento e da actividade económica dos agentes portugueses em Angola, não só nas áreas tradicionais, como em outras áreas, como de turismo, energia e agricultura, onde Angola tem um potencial tremendo”, informou.

Para o diplomata, nesta altura em que o mundo pretende se recuperar da crise da pandemia da COVID-19, embora ainda confrontados com uma grande crise económica resultante da invasão da Ucrânia pela Rússia, Angola e Portugal devem fazer esforços para intensificar o relacionamento económico.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal disse notar um trabalho intenso que o Governo angolano tem feito para a melhoria das condições económicas no país, reconhecido pelas agências de cotação internacional e pelo Fundo Monetário Internacional.

Para João Gomes Cravinho, esses passos dados por Angola criam um bom ambiente para os negócios.

“Há circunstâncias muito propícias para esta intensificação na cooperação que quis fortalecer com esta primeira visita bilateral feita a Angola”, frisou.

A questão da concessão de vistos aos cidadãos angolanos também foi tema de conversa durante a audiência.

“Devo dizer que a situação já está a melhorar. Desde a assinatura do protocolo de facilitação de vistos, os números mostram que há uma maior agilidade, mas há evidentemente muitas melhorias a fazer”, reconheceu, dando a conhecer que a sua visita a Angola visa igualmente se inteirar dos problemas existentes em relação à concessão de vistos e identificar as soluções.

“É uma das questões que importa melhorar para que o relacionamento económico seja o mais frutífero possível”, acrescentou.

João Gomes Cravinho fez saber que a escolha de Angola, para realizar a sua primeira visita oficial como ministro dos negócios estrangeiros de Portugal, deve-se aos laços históricos de amizade entre os dois países e pelo reconhecimento da importância das potencialidades de Angola para o fortalecimento da relação bilateral.

“Por um lado, nós temos todo um laço histórico de amizade entre os povos. E por outro lado, há o reconhecimento de haver nesse momento potencialidades para irmos mais longe. Portanto, no início de uma nova legislatura, no início do vigésimo terceiro governo constitucional em Portugal, a identificação de Angola aconteceu de forma natural”, justificou.

O diplomata português elogiou a presidência de Angola na CPLP, afirmando ser, neste momento, uma das principais âncoras da política externa portuguesa.

“Angola tem vindo a desempenhar muito bem a sua liderança. Portanto, fazia todo sentido que fosse em Angola a minha primeira visita“, referiu.

Fonte: w24magazine.net

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