Pôr fim aos conflitos no continente um dos desafios da União Africana

A União Africana é composta hoje por 55 Estados-membros que se estendem por florestas, desertos, planícies e planaltos, rios de grandes caudais, países continentais e ilhas, uma massa de terra compacta cercada pelos Oceanos Atlântico e Índico, pelo Mar Vermelho e pelo Mar Meditarrâneo.

A organização continental defende, como a sua antecessora OUA, a eliminação do colonialismo, a soberania dos Estados africanos e a integração económica, além da cooperação política e cultural no continente. Tem actuado na mediação e prevenção de conflitos locais. Possui vários órgãos que regulam o funcionamento das entidades e as relações entre os Estados-membros, como a Assembleia, o Conselho Executivo e a Comissão da União Africana. A sua sede é Addis Abeba na Etiópia.

Tem uma extensão de 30.230.000 km2 e uma população estimada em 1.407.175.342 de pessoas. Argélia é o maior país, as Seichelles o mais pequeno, a Nigéria o mais populoso com 216.763.677 habitantes, e o seu ponto mais alto é o Kilimanjaro (5895 m). De entre os territórios não independentes sob administração espanhola contam-se Las Palmas de Gran Canaria e Santa Cruz de Tenerife, Ceuta, Melilha. Pertencem à França as ilhas de Maiote e Reunião. Ao Reino Unido pertence a Ilha de Santa Helena, ao largo de Angola.

Apesar do seu enorme potencial humano e natural, África continua a enfrentar crises sociais, políticas e económicas devastadoras. A subnutrição nas crianças até aos 5 anos de idade e nas mulheres grávidas é assustadora. A fome e as doenças são endémicas, 60 anos depois da proclamação das modernas independências nacionais.

Os desafios são muitos para o século XXI, entre os quais reduzir a pobreza e a exclusão social, a construção das nações e da segurança colectiva, lançar políticas globais para um desenvolvimento inclusivo e integrado nas áreas social, política, económica e institucional. Além disso, deve-se cuidar da governação democrática e da gestão transparente, assim como da tolerância e da aceitação da diversidade e respeito escrupuloso pelos direitos humanos, o reforço do papel das mulheres e da edificação de instituições sólidas.

Papel de Angola na mediação de conflitos

Depois de duas destruidoras guerras, Angola conhece, há 20 anos, uma situação de paz efectiva, tendo a estrutura da antiga oposição armada, a UNITA, sido chamada a integrar-se na vida política , social e económica do país, transformando-se na segunda força política.

Daqui a três meses o país terá eleições gerais, visando o aprofundamento da democracia multipartidária. Angola tem desempenhado um papel importante na mediação de conflitos e na facilitação de entendimentos, não só na Região dos Grandes Lagos, onde detém a presidência da Conferência, como também no Golfo da Guiné.

A desestabilização no gigantesco vizinho Congo Democrático também faz parte relevante das preocupações do Governo e da sociedade angolanos.

A procura da integração na SADC e na África Central ocupam lugar de destaque na diplomacia angolana, que detém também a presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

FONTE: JORNAL DE ANGOLA

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