Escassez de parques infantis em Luanda

De há alguns anos a esta parte, em praticamente todo o país, quem se desloca aos parques infantis públicos depara-se com uma realidade desoladora.

Em grande parte desses espaços, particularmente os da província de Luanda, o cenário 

é preocupante, por causa da falta de segurança e do estado obsoleto dos brinquedos. 

Por causa desta realidade, tem vindo a diminuir, drasticamente, o número de frequentadores dos parques infantis, essenciais para o entretenimento dos menores. 

Só nas últimas duas décadas, por exemplo, a capital angolana registou o encerramento ou abandono (parcial ou definitivo) de dezenas de parques, que carecem de restauração.

Nos dias de hoje, já quase se contam nos dedos os locais construídos nas décadas de 80 e 90, altura em que existia em Luanda grande diversidade de espaços de lazer abertos para as crianças e os seus progenitores “viajarem” no “mundo da fantasia”.

Apesar de o Governo investir na construção de jardins-de-infância em algumas das centralidades do país, a realidade demonstra que a oferta actual está muito longe de corresponder à demanda, deixando filhos e pais sem muita “margem de manobras”.

Na capital do país, especificamente, a falta dessas infra-estruturas é sentida, de forma mais acentuada, nas zonas periféricas, onde praticamente não existem parques públicos, deixando às comunidades locais a opção pelos serviços privados.

Dados disponíveis indicam que, actualmente, existem em Luanda pouco menos de 15 espaços em funcionamento pleno, entre jardins-de-infância e pequenos parques, grande parte deles erguidos nas centralidades, em condomínios e centros comerciais.

Segundo dados do Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território, a realidade de Luanda, neste domínio, não foge da “imagem real” do resto do país. 

Em termos mais concretos, de acordo com os mesmos dados, o Governo angolano construiu, entre 2017 e 2018, um total de 40 jardins-de-infância, nas províncias de Luanda, Benguela, do Bié, Huambo, Namibe, Uíge, Cuanza Sul e da Huíla.  

No caso de Luanda, essas infra-estruturas foram erguidas na Centralidade do Zango V. 

~Créditos: ANGOP

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