ANFA defende salário mínimo de 200 mil Akz
O presidente da Associação Nacional dos Futebolistas de Angola (ANFA) defendeu, na quinta-feira, em Luanda, a fixação de um salário mínimo de 200 mil kwanzas, de forma a minorar a precariedade social dos atletas.
Em entrevista (…) Igor Nascimento lamentou o baixo salário que aufere grande parte dos atletas, entre 25 a 150 mil kwanzas mês, o que, na sua opinião, não dignifica nem ajuda a suprir necessidades básicas.
“Se temos, por um lado, clubes que pagam salários na ordem dos três a dez milhões de kwanzas/mês, há outros com ordenados de apenas 25 a 150 mil kwanzas/mês”, reiterou.
Por isso, afirmou que uma das principais acções da ANFA tem sido persuadir a Federação Angolana de Futebol (FAF) e os clubes, para que, dentro dos critérios exigidos para a inscrição em provas nacionais, possam definir um salário mínimo.
“Deve haver maior rigor nos critérios de inscrição dos clubes, que tem a ver com a capacidade financeira para poder competir, apólice de seguro para o recinto desportivo, relatório e contas, entre outros, visando acautelar o salário mínimo em 200 mil”, reiterou.
Falando no quadro do arranque do Girabola2022/23 disse ter encetado vários encontros com a FAF para a solução da questão, mas sem resultados positivos.
Acrescentou que, 70 a 80 por cento dos clubes da 1ª divisão pagam salários muito baixos, com a excepção do 1º de Agosto, Petro de Luanda, Interclube e Sagrada Esperança.
Anunciou ainda que a ANFA vai apresentar, brevemente, uma proposta para a fixação de um salário mínimo à mesa da Assembleia-Geral da FAF.
Considerou ser complicada a vida dos atletas pós-desporto porque, com salários baixos, não conseguem prosseguir com a formação académica ou profissional, tornando-os vulneráveis no mercado de emprego.
Outra preocupação da ANFA está relacionada com a falta de descontos para a Segurança Social, esperando que se resolva para que os profissionais consigam usufruir destes valores, após a carreira desportiva.
A ANFA, que existe desde 2018, conta com 520 membros, entre jogadores da 1ª e 2ª divisões, antigos atletas, e jogadores sem clubes, de ambos os sexos.
Fonte: Jornal de Angola