Serviço Penitenciário aumenta áreas de cultivo na Cadeia de Capolo
Setenta e cinco hectares serão cultivados na presente campanha agrícola na Cadeia de Capolo, 62 quilómetros a Sudoeste da cidade do Cuito, província do Bié, um aumento de 25 hectares.
O objectivo é atingir uma produção acima de 50 toneladas, com várias culturas, com destaque para o milho, feijão, soja e mandioca.
A informação foi prestada pelo director provincial do Serviço Penitenciário do Bié, subcomissário Catela Montenegro de Carvalho, na abertura da campanha agrícola 2022/2023 deste sector, decorrida na quinta-feira.
Catela Montenegro adiantou ainda que, para o êxito da presente época, os Serviços Prisionais vão contar com apoio do Governo provincial, sobretudo na aquisição de inputs agrícolas.
Está disponível uma força de trabalho activa de mil e 100 presos, confinados na Comarca do Bié e da Cadeia do Capolo.
Este ano, referiu, terão ainda a parceria da empresa Carrinho Agri, que vai cultivar 50 hectares de milho, soja, feijão, mandioca, massambala, hortícolas e outras culturas.
A ideia desta parceria, segundo o responsável, é apostar fortemente no sector da agricultura, para uma produção em grande escala, visando atingir a auto-sustentabilidade alimentar dos reclusos.
Entretanto, o director de produção em grande escala da “Carrinho Agri”, Valter Henriques, que falava à imprensa local, avançou que que o objectivo é produzir, a longo prazo, mil hectares no cultivo de arroz e trigo.
Por isso, avançou, já nesta campanha vão cultivar ainda 80 hectares de testes de trigo, para se encontrar qual das melhores variedades a ser aplicada definitivamente no Capolo.
Na ocasião, o director da Agricultura, Floresta e Pescas da província do Bié, Felizardo Brito Capepula, assegurou que, numa primeira fase, as autoridades locais vão disponibilizar sementes, instrumentos agrícolas, apoio técnico, formação aos presos, manutenção de equipamentos, entre outros.
Defendeu, deste modo, a necessidade dos Serviços Prisionais pautarem por uma agricultura integrativa, para a conservação do meio ambiente.
Devido a problemas de fertilizantes e da estiagem que se fez sentir, na campanha agrícola 2021/2022 foram colhidas apenas 18,6 toneladas de produtos diversos.
Fonte: ANGOP