Angola promove I Conferência Internacional sobre “Os dialetos na educação e Ensino”
A ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote Allen, anunciou, esta segunda-feira, a realização, na terça-feira, da I Conferência Internacional sobre ” Os dialetos de Angola no sistema de educação e ensino.
O evento visa a partilha de experiências e colher subsídios que contribuam para a definição de uma estratégia a adoptar no processo de inserção das línguas de Angola Bantu e Khun no currículo escolar.
Segundo Dalva Ringote Allen, que falava na abertura do II Seminário da CPLP sobre o Português como segunda língua, o evento insere-se no quadro do desenvolvimento da política linguística do país e da transformação da educação.
Conforme a ministra de Estado, a inserção das línguas de Angola no currículo escolar pode conceder, em função do desenvolvimento dos estudos, o direito de se estudar na língua materna, de modo a que a educação seja significativa, integrativa, equitativa e de qualidade para todos.
A ministra de Estado destacou, por outro lado, que os estados-membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) devem fazer com que a comunidade seja um ponto de partida e chegada, com políticas de educação sempre alinhadas com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, referentes a educação, da Agenda 2030 das Nações Unidas.
Para Dalva Ringote, a partilha de conhecimentos no domínio do ensino primário entre Estados membros permite buscar aperfeiçoamento do ensino da Língua Portuguesa, cuja aprendizagem é um direito e é uma mais-valia.
“O evento traz a possibilidade de reformular o sistema de educação e ensino, pois a transmissão de conhecimento deve resultar na tradução de qualidade e abrir portas para a sua aplicabilidade”, disse.
Dalva Ringote recordou que no plano interno Angola aprovou o Plano de Desenvolvimento do Capital Humanos, que estabelece a visão e objectivos estratégicos para os países, no que respeita ao desenvolvimento do capital humano nacional de acordo com as prioridades de desenvolvimento do país.
Desta forma, disse, prevê elevar o rigor na exigência de proficiência em Língua Portuguesa aos candidatos a alunos e professores para a universidade.
“Os esforços diplomáticos da nossa comunidade têm conduzido à oficialização da Língua Portuguesa junto de várias organizações internacionais. Desde 2019 que se comemora o dia mundial da Língua Portuguesa, a 5 de Maio”.
Por seu turno, a ministra da Educação, Luísa Grilo, fez saber que o seminário de três dias visa ajudar a criar metodologias de ensino da Língua Portuguesa a crianças que não têm a mesma como primeira língua.
“Sendo Angola um país multi-lingue, o português emerge da colonização, mas ainda é a materna de muitos angolanos, mas temos crianças com a língua nacional como primeira, por este facto os métodos de ensino devem ser diferenciados”, salientou.
O II seminário é segmento do primeiro realizado em 2019, em que participam integrantes dos 9 países membros da CPLP.
Participam do certame, professores, investigadores, alunos e escritores dos Estados membros, de forma presencial e virtual.
POR: ANGOP