Sociedade

Angola teve um aumento de 1,6 milhões de “empregos” informais em 2022

Em 2022 assistiu-se uma melhoria ligeira da situação do emprego, findas as restrições da pandemia e beneficiando da transferência dos rendimentos petrolíferos para a economia não petrolífera. Contudo, a situação do emprego nas cidades “permanece extremamente grave”, pelo menos desde 2019, as condições de emprego são muito precárias.

Os dados constam do Relatório Económico do 1º Semestre de 2022, disponibilizado pelo Centro de Investigação Económica da Universidade Lusíada de Angola, em Novembro último. O documento destaca ainda que uma parte significativa da população não tem acesso ao emprego formal, cerca de 40%, dos que conseguem algum tipo de remuneração, 65% são “biscateiros”.

Globalmente, continua o relatório, observa-se um aumento de 1.450 mil empregos relativamente a 2019, com uma perda de 172 mil empregos formais e um aumento de 1,6 milhões de “empregos” informais.

Nos últimos 12 meses, o emprego formal aumentou 190 mil postos de trabalho, o que é muito pouco para uma fase de recuperação pós-pandemia; no mesmo período, o emprego informal aumentou em quase 470 mil

O relatório prevê que este aumento da informalidade irá provavelmente prolongar-se até ao fim da próxima legislatura.

Com um aumento das pessoas com mais de 15 anos na ordem dos 4 milhões, entre 2022 e 2027, de acordo com a estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE), e mantendo-se uma taxa total de actividade próxima de 90%, teremos uma necessidade de mais 3,6 milhões de postos de trabalho na legislatura, o que contrasta como os 2,36 milhões de empregos formais existentes no final de Junho do corrente, diz o relatório.

Fonte: CK

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