Projecto “Da Rixa para Artista” sem apoios para continuar

O projecto “Da Rixa para Artista”, que se dedica tirar jovens do mundo da delinquência, por via de patrocínios para formação profissional, carece de apoios financeiros para dar sequência a acção iniciada em 2022

De acordo com o seu mentor, Chilola de Almeida, para o êxito da actividade que se prevê realizar durante todo o mês de Maio, com 50 grupos de gangs de vários municípios, já identificados, são necessários um mínimo de cinco milhões de kwanzas, para ocupar os seus tempos.

Trata-se de jovens e adolescentes, membros de grupos de delinquentes, a nível de Luanda que, além de aconselhamento e formação, vão participar igualmente de um campeonato provincial denominado “Stop Rixa”.

“Nós precisamos de condições logísticas para a realização de palestras, da uma turnê e actividades de sensibilização nos mercados informais, assim como meios para o transporte da logística e equipamentos de som”, apelou.

Segundo o responsável, o foco da sua acção são os adolescentes que desde cedo estão no mundo do crime e, por isso, durante as palestras serão descobertos talentos destes para poderem ser orientados da melhor forma possível.

“Decidimos actuar nos famosos “wo wo”, lutas de gangs que têm tirado o sossego à muita gente e até a ceifar vidas de chefes de famílias”, explicou.

Anunciou estarem a ser criadas condições para a formalização de cooperativas agropecuárias para jovens com uma conduta à margem da lei.

A quando do início do projecto, em Maio de 2022, realizou-se um ciclo de palestras, denominado “Stop Rixa”, com o apoio de sociólogos, psicólogos, pastores e especialistas de ordem pública, para alertar os jovens sobre os perigos em ser criminosos.

Nessa altura foram sensibilizados e persuadidos 200 jovens, de diversos grupos, dos quais 135 estão a ser acompanhados e 62 a frequentarem diversos cursos técnicos profissionais.

Os bairros do Kilamba Kiaxi, Rasta, Belas, Simione, Mundial e Paraíso, de diferentes municípios da província de Luanda, foram os mais visados, onde vários grupos de luta foram transformados em grupos de músicos Kuduristas.

Por sua vez, segundo Chilola de Almeida, o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), tem oferecido aos jovens arrependidos, bolsas de estudo, com cursos técnicos de frio, corte e costura, pedreiros, entre outros.

O responsável reprova os adultos que vêem crianças a praticar lutas nas ruas, imitando actores de cinema, usando escudos e espadas, sem fazerem nada no sentido de repudiá-los, para não se tornarem em futuros delinquentes. AJQ.

POR: ANGOP

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