Limpeza da Praia Amélia junta dois mil voluntários

Mais de dois mil voluntários e ambientalistas participaram sábado, no distrito Urbano da Samba, em Luanda, de uma campanha de limpeza, realizada ao longo da orla marítima da praia Amélia.

A administradora de Marketing da empresa Refriango, uma das promotoras da campanha, destacou a presença em massa de empresas, estudantes, crentes, religiosos e autoridades tradicionais. “Temos de ter noção que é da responsabilidade de todos a gestão dos resíduos que são produzidos”, disse, além de explicar que a acção foi feita em conjunto com a Coca-cola e a Associação Nação Verde.

Tânia Jardim lembrou ser necessário uma maior união de esforços, para, em conjunto, se fazer uma mudança social, particularmente na educação das pessoas sobre o meio ambiente, por meio das escolas do ensino primário.

A campanha de limpeza, referiu, mobilizou parceiros de negócios, 13 empresas privadas, igrejas, desportistas, escolas, funcionários da UNESCO e autoridades tradicionais.

Sensibilização

Durante o ano passado, disse, foi possível formar cerca de 20 mil alunos sobre educação ambiental, com foco na separação do lixo. “Se cada um de nós colocar o lixo no lugar certo, de certeza que não vai parar às praias, por isso que todos temos de estar comprometidos nesta cadeia de educação ambiental”, disse.

A administradora de Marketing da Refriango acredita que a educação é essencial, apesar de reconhecer a questão do plástico ainda ser um problema, cujas soluções têm sido variáveis. “Estamos a iniciar agora a economia circular, de forma a incutir nas pessoas a importância do desenvolvimento sustentável, passo que pode ser dado com o surgimento das associações de catadores no país. O único problema é a falta de meios adequados”.

A limpeza das praias de Luanda, em especial algumas, que têm um fluxo regular de banhistas, é, explicou Tânia Jardim, uma acção realizada a cada dois meses, em parceria com a Associação Nação Verde. “Estamos numa fase de transformação ambiental e, portanto, participamos, cada vez mais, nas  acções de sensibilização, limpeza e separação do lixo”, adiantou.


Preocupação com os resíduos

A Presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional dos Resíduos (ANR), Nelma Caetano, manifestou preocupação com a quantidade de resíduos sólidos depositados nas valas de drenagem.

O lixo, assegurou, impacta negativamente o ambiente, afecta a saúde pública e rebaixa a economia nacional. “É importante reforçar a educação ambiental das populações. Estamos a trabalhar com as associações de defesa do ambiente e algumas empresas, no sentido de implementar os ecopontos”.

Nelma Caetano disse que a ANR tem vindo a trabalhar com algumas escolas no processo de reciclagem. “Cada vez  mais tem estado a surgir mais indústrias de reciclagem de resíduos, em diversos níveis, inclusive de eléctricos e electrónicos. Mas existem áreas que precisam de incentivos como dos óleos mecânicos e de cozinha”, reforçou, acrescentando que a ANR está a arranjar mecanismos para apoiar algumas empresas institucionalmente.

 
A data

O Dia Mundial da Limpeza começou como um movimento na Estônia, em 2008, quando 50 mil pessoas se reuniram para limpar o país inteiro em apenas cinco horas. O movimento chamava-se “Let’s Do It” (“Vamos Fazer Isso!”). O Dia Mundial da Limpeza foi oficialmente instaurado em 2018.

Fonte: JORNAL DE ANGOLA

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