Escolas no Cunene incentivam inserção de surdos

A directora da escola Rainha Nekoto, em Ondjiva, defendeu, no Cunene, a importância de se promover cada vez mais a inclusão sócio-educativa das crianças com deficiência auditiva no processo normal de ensino-aprendizagem.

Lúcia Tchicussi lamentou, a propósito da Semana Internacional para as Pessoas Surdas e da Língua Gestual, que decorreu de 23 deste mês e terminou ontem, o facto de existirem ainda famílias com dificuldades de matricular as crianças surdas, acto que coloca em causa a comunicação destes no sistema formal, assim como das políticas de educação especial inclusiva do Estado angolano.

Para a directora, a língua gestual é um veículo fundamental de comunicação em especial para que os surdos possam ser percebidos, mediante sinais que são completamente diferentes do comum e permitem o desenvolvimento intelectual.

Às famílias que ainda persistem em guardar crianças com necessidades educativas especiais, a directora aconselhou para as matricular nas escolas, de modo a terem mais oportunidades de emprego e sejam socialmente úteis. “Sem a escolarização, o surdo não tem como se comunicar e fica limitado a interpretar aspectos globais, assim como a participar de um concurso público ou outro de intérprete”, fundamentou.

A directora apelou ainda às famílias a cultivarem o princípio de escolarização inclusiva das crianças especiais. O ensino especial no Cunene, salientou, conta, para o presente ano lectivo, com 65 alunos surdos.

A Semana Internacional para as Pessoas Surdas e da Língua Gestual marca a celebração do 23 de Setembro, Dia Internacional das Línguas Gestuais, e o 30 de Setembro, Dia Mundial do Surdo.

 Fonte: JORNAL DE ANGOLA

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