Chuva deixa ao relento cerca de 300 famílias

As fortes chuvas que se abateram sobre a província do Uíge, na semana passada, deixaram ao relento cerca de 300 famílias.

Além de residências, as chuvas destruíram, também, instituições públicas e derrubaram árvores em várias localidades, segundo dados preliminares fornecidos pelas autoridades das regiões mais afectadas.

No município do Uíge, segundo avaliações preliminares, as chuvas destruíram 84 casas, sendo 48 na aldeia Mateus e 36 na aldeia Kakengue, a 11 e 10 quilómetros da cidade do Uíge, onde várias famílias perderam os seus bens e pedem apoio da sociedade e das autoridades administrativas.

Ainda no município do Uíge, uma viatura ligeira de marca Toyota ficou totalmente destruída, depois de ter sido atingida por uma árvore de grande porte, derrubada pela ventania, junto ao Centro Local de Empreendedorismo e Serviços de Emprego (CLESE), quando o condutor decidiu parquear até que a chuva parece. O jovem e o acompanhante saíram ilesos.

No município do Bungo, as chuvas destruíram 38 casas, na aldeia Kiputo. O soba João Domingos conta que as chuvas, acompanhadas por fortes ventos, duraram 15 horas.

A administradora municipal do Bungo, Maria Francisco, esteve na localidade para constatar o nível de destruição e disse estarem a ser mobilizados recursos para acudir os sinistrados.

“O nível de distruição ocorrido na aldeia Quiputo transcende as capacidades da Administração Municipal do Bungo para acudir as famílias. Vamos solicitar o apoio do Governo Provincial para podermos, em conjunto, soluccionar os problemas da população”, disse a administradora municipal. 

Milunga e Quitexe

No município de Milunga, as chuvas da semana passada deixaram ao relento 200 famílias, sendo as aldeias Havemos de Voltar, Kimulaza e Matembele as mais afectadas, estando as vítimas à espera de apoio.

Na aldeia Kimulaza, o soba Zacarias Muanza confirma a destruição de 45 casas, sendo as vítimas acolhidas por familiares. 

“As chuvas foram muito fortes e acompanhadas de ventos, nem os barrotes devidamente fixados às paredes resistiram. O tecto, feito por 45 chapas de zingo, foi levantado como se fosse um disco”, disse Zacarias Muanza, uma situação também vivenciada por Maria Jorge que pede ajuda na Administração Municipal.

Na comuna do Cambamba, no município de Quitexe, foram destruídas dez casas em consequência das fortes chuvas que se abateram sobre a região. O administrador comunal em exercício, Alberto Domingos, garantiu estarem a ser criadas as condições para apoiar as vítimas.

“As vítimas das chuvas encontram-se acolhidas em casas de familiares. Entre as casas afectadas, sete ficaram sem cobertura e três totalmente destruídas”, referiu.

Avaliação dos danos

Para avaliar os danos causados pelas chuvas, a Administração Municipal do Uíge criou uma comissão multissectorial que trabalha nas áreas mais afectadas. 

A inspectora-chefe-bombeiro Aleluia Pedro, segunda comandante municipal do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB), disse que os números reportados são provisórios, porque faltam dados de outras localidades afectadas pela chuva.

“O SPCB tem sensibilizado a população no sentido de abandonar as áreas de risco e acatar as medidas de prevenção, para que não se registem situações idênticas”, disse. 

Apoio da Acção Social  

A directora municipal da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Luísa Valentina, disse que, numa primeita fase, vão ser distribuídas chapas de zinco para que as famílias possam reerguer as casas destruídas pela chuva.

Fonte: JORNAL DE ANGOLA

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